Um dentista é apontado pela Polícia Civil como “laranja” no esquema de lavagem de dinheiro montado por uma organização criminosa no Rio Grande do Sul. Ele é um dos investigados da Operação 'Mordida Cruzada', deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), que busca coibir crimes como estelionato, agiotagem e lavagem de dinheiro.
Os agentes cumpriram 108 medidas cautelares, entre mandados de busca e apreensão, bloqueios de contas bancárias, sequestros de bens e prisões preventivas em empresas e residências nos municípios de Porto Alegre, Canoas, Triunfo, São Sebastião do Caí e Cachoeirinha.
A ação, coordenada pela Divisão de Polícia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), resultou na prisão de três pessoas.
Empresas em nome do dentista eram usadas para lavar dinheiro do crime
A investigação aponta que o dentista era amigo de um integrante de um grupo criminoso. O criminoso teria intermediado pelo grupo o uso de empresas constituídas em nome do dentista para ocultação e dissimulação de recursos faturados pelos outros integrantes.
O dinheiro lavado por tais empresas, dentre as quais uma clínica odontológica, seria proveniente do tráfico de drogas, agiotagem e estelionato. "Possivelmente por conta das dívidas, suspeita-se que o dentista tenha dado início à prática de estelionatos de diferentes formas, a exemplo da aquisição de produtos com cheques sem fundo em contas e na contratação de empréstimos em nome e com base nos dados cadastrais de pacientes dos consultórios odontológicos em que trabalha", disse a corporação.
