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Polícia Civil prende liderança do crime organizado gaúcho

Luís Guilherme Dias da Silva, conhecido como "LG", foi capturado em Torres, no Litoral Norte.
LG era procurado pela polícia havia cerca de um ano. | Polícia Civil/Divulgação

Redação PIXTV (Digital)

2 de abril de 2024

atualizado às 10:31

Luís Guilherme Dias da Silva, conhecido como "LG", apontado pela polícia como um dos principais líderes do crime organizado gaúcho, foi preso em Torres, no Litoral Norte, durante uma ação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrada no último sábado (2). Ele é investigado por envolvimento num conflito que gerou uma série de assassinatos em Porto Alegre

Foragido há cerca de um ano, "LG" é apontado como um dos principais líderes atuantes no tráfico de drogas nas regiões Timbaúva e Rubem Berta, na Zona Norte da Capital gaúcha.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (4), o Secretário da Segurança Pública do Estado, Sandro Caron, lembrou de outra prisão feita no dia 22 de fevereiro, quando Maicon Donizete Pires dos Santos, o Red Nose, outro líder do crime organizado, foi preso: “Nessas duas prisões importantíssimas realizadas pelo DHPP, nós temos ações qualificadas de investigação de inteligência e que devem levar a uma redução de homicídios, em especial na Zona Norte de Porto Alegre”.

Leia mais: Traficante gaúcho envolvido em mais de 30 homicídios é preso em Garopaba (SC)

O Chefe de Polícia, Delegado Fernando Sodré, destacou a importância das prisões: “Eram dois os maiores procurados que tínhamos na área de homicídios. Um nós já apresentamos na semana passada e agora nós estamos apresentando mais um preso envolvido em homicídios na Timbaúva, no bairro Mario Quintana e no Rubem Berta. Dos 253 homicídios ocorridos no ano passado, 112 estão vinculados a esses dois personagens, que estimularam conflitos na Zona Norte. O preso deste final de semana, só em indiciamentos por homicídios, tem 13 indiciamentos diferentes com inquéritos já remetidos para a justiça, com investigações concluídas que mostram o grau de envolvimento dele com as mortes e com os crimes ocorridos na região de Porto Alegre”, disse.

Entenda o caso

De acordo com a investigação, em 2017, o "LG" fazia parte da hierarquia de uma organização criminosa que estava ligada a outro criminoso. Ambos respondiam ao líder máximo da organização.

Em dado momento, estes dois outros homens foram transferidos para um Presídio Federal, ficando o gerenciamento de toda organização sob responsabilidade do "LG".

Em 2021, quando um dos indivíduos presos retornou do sistema federal, o preso de sábado se negou a devolver a liderança da organização criminosa, tomando para si todas as regiões que eram da dominância dele, o que fez iniciar o conflito, informou a corporação.

O antigo líder, então aliado à organização anteriormente rival, visando reaver o que tinha, coordena o assassinato do irmão do "LG", ação que acaba intensificando ainda mais a disputa. Como retaliação à morte de seu irmão, ele passa a orquestrar diversos ataques nos pontos vinculados ao grupo que o rival passou a integrar.

Os conflitos chegaram a vitimar quatro pessoas, dentre elas uma mulher grávida. “Em decorrência desse quádruplo homicídio, foi deflagrada em 2023 a Operação Vendetta, pela 5ªDPHPP/DHPP, a qual resultou na prisão de 12 indivíduos executores e também foi deferida a prisão preventiva do nosso alvo como mandante”, explica o Delegado Daniel Queiroz.

Conforme a corporação, o conflito por disputa de territórios do tráfico de drogas ilegais em Porto Alegre se estendeu ao longo de 2022 e 2023, gerando mais de 50 assassinatos.

"LG" foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão em 2017. Em 2022, segundo a polícia, o líder teria progredido para o regime semiaberto durante o cumprimento de pena. Em dezembro daquele ano foi agendado para que ele fizesse a instalação de tornozeleira eletrônica. No entanto, LG não teria comparecido. Em razão disso, permaneceu foragido até este sábado, quando foi preso.

Conforme o Diretor do DHPP, Delegado Mario Souza, a prisão dessa liderança decreta o fim de um contexto de comando do crime organizado: “A Polícia Civil irá apurar e monitorar todo envolvimento dessa liderança com o forte conflito entre criminosos durante todo ano de 2023 e parte de 2022. Em sete dias, duas grandes lideranças suspeitas de envolvimento em diversas mortes violentas em Porto Alegre e região metropolitana foram capturadas pelo DHPP.”

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